Na sexta-feira (dia 9 de Maio) foi dia de ir até à Queima das Fitas do Porto. O intuito foi de assistir ao concerto de Marcelo D2, mas primeiro subiram ao palco os Mind Da Gap. Foi muito curioso assistir a um concerto dos Mind da Gap, confesso que não tenho a certeza absoluta se já os tinha visto antes. Mas gostei do facto dos Mind da Gap (Ace, Presto e Serial) se fazerem acompanhar por um baterista, um teclista e do Dj SlimCutz, um expert na "arte de lavar pratos".
Foi um excelente concerto, com a banda sempre bastante ativa, mostrando um pouco de tudo o que têm andado a fazer nos últimos 20 anos. Confesso que o público da Queima das Fitas nem sempre valoriza os artistas que passam pelo palco e este concerto foi um pouco esse reflexo. Ao contrário de uma sala de espetáculo, em que todo o público está ali para assistir ao concerto, ou um festival em que os espetadores até podem estar à espera de outra banda, mas têm algum tipo de interesse ou apreço pelos artistas que estão no palco, numa festa académica nem sempre isto acontece. Pareceu-me que os Mind da Gap sofreram um pouco isso, no entanto demonstraram um excelente profissionalismo, entregando-se de corpo e alma a esta cidade que os viu nascer.
O Hip Hop foi um estilo que esteve bastante na moda há cerca de 10 ou 15 anos atrás, o que leva a que os estudantes académicos de agora nunca tenham tido um grande contacto com este estilo musical. Apesar de estarem ali muitas pessoas a guardar pelo Marcelo D2, esta noite esteve muito longe de ser uma daquelas enchentes para assistir a uma banda como já assisti noutros anos.
Os estudante, na minha maneira de ver, mais agora do que nunca, estão muito mais interessados em andar de volta das barracas dos cursos e a desfrutar de outras atrações existentes no recinto, do que sequer saber quem estará a atuar no palco. Eu continuo a considerar que os concertos são uma excelente forma de iniciar as noites da Queima e que podem ainda ser prolongadas por mais umas horas nas restantes atividades, nomeadamente na "copofolia". Mas faz parte do espírito jovem o de acelerar sempre como se não houvesse amanhã e muitos destes estudantes chegam ao final da noite com o sol ainda a pousar ali no mar que quase se junta ao Queimódromo.
Achei que foi mesmo triste o "desinteresse" do publico para com os Mind da Gap. Notava-se mesmo que o pessoal estava especado em frente ao palco mas nem era propriamente à espera do Marcelo. Acho que esperavam a "moca bater" para entrarem na loucura... É triste não conseguirem tirar partido de tudo...
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