quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mulheres do Rock

Estes dias estava a pensar no que tem estado mais em voga na música rock e comecei a questionar-me relativamente a vocalistas do sexo feminino. O que é feito delas? Será o Rock um mundo de Homens? Será que deixaram de dar oportunidade a bandas que tenha mulheres como vocalistas? Ou será que as senhoras deixaram de querer estar tão ligadas ao rock?
Houve tempos em que vocalistas como Janis Joplin, Joan Jett, Debbie Harry (Blondie), Courtney Love (Hole), PJ Harvey, Skin (Skunkie Anansie), Gwen Stefani (No Doubt) ou Sandra Nasic (Guano Apes) enriqueceram o Rock internacional, tendo uma forte presença e uma enorme influência na música que era ouvida e feita em cada um dos seus espaços temporais. Apesar das vocalistas femininas não serem o mais comum no rock, existiu sempre um espaço de destaca para estas senhoras e para as suas bandas.
Esta análise iniciou-se pela minha curiosidade em tentar perceber que mulheres se encontravam neste momento a fazer rock e infelizmente não consegui encontrar grandes nomes a fazer aquele rock que nos encontrávamos habituados a ouvir. Aqui surge talvez o meu problema em encontrar estas senhoras, não estou a procurar no sítio certo. Nos últimos anos surgiram bastantes bandas que fundem o rock com a eletrónica, tentando fazer melodias bastante harmoniosos, influenciadas pelo Indie Rock e o Rock Alternativo.
Sim, hoje dificilmente se encontram mulheres como a Sandra Nasic, pois as mulheres não me parecem estar tão inclinadas para este rock que estávamos habituados a ouvir nos anos 80 e 90. Mas claro que se nos descolarmos um pouco deste rock mais tradicional, encontramos um movimento musical que teve como um dos principais impulsionadores os The XX, que contam com dois vocalistas (Romy Madley Croft e Oliver Sim), a par deles tivemos também a ascensão da Florence Welch (Florence + The Machine). Este estilo de música consegue dar uso das particularidades generalistas das vozes femininas, sendo o seu reflexo o surgimento de muitas bandas encabeçadas por cantoras. Através desta pesquisa acabei por ficar a conhecer a Elena Tonra (Daughter), a Channy Leaneagh (Poliça), Sóley, Grimes, Hannah Reid (London Grammar), Nini Fabi (HAERTS), Eleanor Friedberger, Giselle Rosselli, entre muitas outras.
A par deste fenómeno internacional, dentro de portas se torna um pouco notório este fenómeno. No entanto temos estilos musicais, como é o caso do fado, que têm sido reveladores de grandes vozes femininas como é o caso da Ana Moura. Já direcionando novamente ao Rock nunca tivemos grandes vozes femininas em destaque. Talvez as que tiveram maior presença foram talvez as de Manuela Azevedo (Clã) e a Sónia Tavares (The Gift). Recentemente, tivemos as Anarchicks com seu punk-rock e no pop-rock português temos assistido a novas cantoras como Rita Red Shoes, Márcia ou Luísa Sobral.
Elas andem aí. O rock que eu aqui me refiro mais tradicional é que talvez já não está tão na moda, daí não se ver um destaque tão grande de novas bandas, muito menos lideradas por mulheres. O campo do Indie Rock, acrescido de umas pitadas de alternativo e eletrónica tem sido alvo de influência para a criação de música de muitas mulheres. Apesar que cá no nosso país parece que as editoras estão com muito medo de apostar neste estilo, que apesar de não ser o meu predileto, tem angariado fãs por todo o mundo.

Comemorando também o Dia Mundial da Rádio, escolhemos para hoje o video das "afilhadas" do radialista Nuno Calado, um dos fortes impulsionadores e divulgadores de boa música, destacando-se com o seu programa "Indiegente" na Antena 3.
Ficamos então com as Anarchicks e o seu último single Smashed:



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